Elas nas notícias

Julho 14, 2008

Uma campanha necessária

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 10:37 pm
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 Campanha do Salvation Army em Joanesburgo, chamando a atenção dos clientes de um centro comercial para a problemática do tráfico de seres humanos. (Fonte: http://www.pubaddict.net)

Julho 13, 2008

Encontros que geram ideias…

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 10:05 pm
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O 10º Congresso Mundial de Mulheres, subordinado ao lema “A igualdade não é uma utopia”, juntou mais de 3000 especialistas de de 100 países em Madrid. Durante uma semana, de 3 a 9 de Julho, a capital espanhola reuniu-se para debater os mais variados assuntos, com vista à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A perspectiva de género esteve presente em cada sessão realizada na Universidade Complutense de Madrid. Foi muito importante assistir à troca de ideias entre pessoas de diferentes países. No que se refere ao painel de mulheres e média, constatei que a realidade é semelhante…quer falemos de países como Portugal ou a Guatemala. As mulheres ainda continuam a ser representadas de forma pouco diversificada e muito estereotipada. Ainda têm pouca visibilidade e quando aparecem na informação noticiosa não é da melhor forma…

Há ainda muito trabalho para fazer neste campo…

Um óptimo exemplo

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 9:19 pm
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Nova campanha do Ministério da Igualdade de Espanha contra a violência de género.

Porque as mulheres tiveram um lugar de destaque na história

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 7:32 pm
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Um post muito interessante no Abnoxio. Também vou ler esta publicãção…

Para pensar…

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 7:19 pm
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1300 membros ameaçam abandonar igreja

Igreja Anglicana aprova ordenação de mulheres bispos

 

A Igreja Anglicana já pode ordenar mulher bispos, uma decisão aprovada na segunda-feira, que já provocou um intenso debate entre conservadores e libeirais e que levou a que mais de 1300 membros ameacem abandonar a igreja.

A decisão foi votada pelas três câmaras do Sínodo – laicos, bispos e clero. Entre os bispos, 28 votaram a favor e 12 contra; no clero, registaram-se 124 votos a favor e 44 contra; entre os laicos foram contados 111 votos a favor e 68 contra.
A questão da ordenação de mulheres ameaça causar um cisma na Igreja com 77 milhões de fiéis em todo o mundo, já dividida pela questão da homossexualidade, depois da ordenação e consagração em 2003 de Gene Robinson, um norte-americano abertamente homossexual, como bispo de New Hampshire.

 

 (Fonte: Correio da Manhã de 8 de Julho de 2008 )

 

Católicos acusam anglicanos de ferir tradição apostólica

Vaticano diz que decisão anglicana de nomear mulheres bispos é entrave ao diálogo 

 

O Vaticano criticou hoje a igreja anglicana depois desta ter anunciado que se preparava para ordenar as primeiras mulheres bispos, assegurando que a decisão vai afastar ainda mais anglicanos e católicos.
A igreja de Inglaterra, igreja mãe do anglicanismo a nível mundial, confirmou hoje a intenção de ordenar as primeiras mulheres bispos. Tal como na igreja católica, os bispos da igreja anglicana têm o poder de ordenar os padres.
As duas igrejas, que têm feito esforços para dialogar com vista à aproximação, estão profundamente divididas em relação a algumas questões, a mais recente delas a ordenação de padres gay, apoiada pelos anglicanos.
“Uma decisão destas é fracturante da tradição apostólica presente em todas as igrejas no primeiro milénio e só vem aumentar os obstáculos à reconciliação entre a igreja católica e a igreja de Inglaterra”, disse o Vaticano.
Segundo a igreja católica, as mulheres não podem ser ordenadas porque Cristo só escolheu homens como apóstolos. Qualquer tentativa de ordenar uma mulher como padre é punida com a excomunhão. Mas a ordenação de mulheres como padres já é uma realidade em Inglaterra desde 1992, onde um em cada seis padres já é mulher. O que os mais liberais pediam era o acesso das mulheres às hierarquias de topo. No Canadá, EUA e Nova Zelândia as mulheres já podem ser ordenadas bispos.
Anglicanos e católicos estão divididos desde o século XVI, às mãos de Henrique VIII. Existem 77 milhões de anglicanos e 1,1 mil milhões de católicos no mundo.

 

(Fonte: Público de 8 de Julho de 2008 )

 

Mulheres portuguesas também querem ser bispos

 

O Movimento Católico «Nós Somos Igreja» considera que não existe nenhum impedimento teológico para a ordenação das mulheres, pelo que a igreja católica pode e deve seguir o caminho da anglicana, noticia a agência Lusa.

Maria Sande de Lemos, membro do Movimento «Nós Somos Igreja», congratulou-se com a decisão da Igreja Anglicana de autorizar a ordenação de mulheres bispos, considerando ser uma das medidas que se impõe também à Igreja Católica.

O Sínodo da Igreja Anglicana aprovou segunda-feira a ordenação de mulheres bispos, depois de um vivo debate entre conservadores e liberais.

Antes da decisão, mais de 1.300 membros do clero tinham ameaçado abandonar a Igreja Anglicana, se o Sínodo votasse favoravelmente a ordenação de mulheres bispos.

Mulheres já podem ser bispos
Padres anglicanos gays casaram em Londres

 

O Sínodo rejeitou compromissos visando aqueles que não aceitam esta reforma. Votou também contra a criação de novas dioceses para os paroquianos que se recusem a aceitar mulheres bispos.

Em declarações à Lusa, Maria Sande Lemos, do movimento «Nós Somos Igreja», que pugna pela «plena integração das mulheres» na Igreja , disse tratar-se de uma «excelente noticia e de um sinal de que algo está a mudar nas igrejas».

«É uma decisão corajosa que vem no seguimento do fim do celibato dos padres anglicanos», disse.

Considerando que não existe nenhum impedimento teológico para a ordenação das mulheres, Maria Sande Lemos defendeu que este deveria ser também o caminho da igreja católica.

«Não acredito que tal aconteça com este Papa mas acho que há esperança de um dia haver mudanças também na Igreja católica», disse acrescentando que «a Igreja católica caminha ao arrepio da sociedade civil» apesar da maioria dos crentes praticantes serem mulheres.

Por outro lado, adiantou, se as mulheres que fazem o serviço social, de limpeza, de organização e de abertura nas diversas igrejas portuguesas fizesse greve, as paróquias não funcionavam.

A questão da ordenação de mulheres ameaça causar um cisma na Igreja, com 77 milhões de fiéis em todo o mundo, já dividida pela questão da homossexualidade, depois da ordenação e consagração em 2003 de Gene Robinson, um norte-americano assumidamente homossexual, como bispo de New Hampshire.

 

D. Jorge Ortiga diz que não há vontade

 

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, considerou hoje que a Igreja católica não irá nomear em breve sacerdotes do sexo feminino até porque «não existe uma vontade nesse sentido» por parte dos crentes.

«Creio que não se coloca essa questão até porque, neste momento, o pensar da Igreja e do Papa é reconhecer da complementaridade dos ministérios» desempenhados por mulheres e homens mas sem alterar a figura do sacerdote.

Entre os católicos, «haverá um ou outro movimento feminista» que quer a ordenação de mulheres mas D. Jorge Ortiga nunca sentiu qualquer tipo de «pressão» nesse sentido.

«A mulher tem na Igreja um papel fundamental» e possui mesmo uma «visibilidade muito grande» depois do Concílio Vaticano II.

 

(Fonte: IOL Diário de 9 de Julho de 2008 )

 

Esta posição da Igreja Católica mostra que há uma vontade em continuar a discriminar as mulheres. E ainda dizem que a se trata de uma posição dos crentes…Onde é que elas têm a visibilidade de que fala D. Jorge Ortiga? Nas posições subalternas…aí talvez…na limpeza das igrejas…são quase sempre as mulheres que andam com a vassoura na mão ou a colocar as flores para tornar o espaço mais agradável…Trata-se da reprodução de papéis…onde o sexismo prevalece aos olhos de todas e todos os que entram no templo sagrado.

Julho 12, 2008

Um em cada quatro jovens é vítima de violência no namoro

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 11:14 pm
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Comportamento. Uma série de estudos de uma equipa de psicólogas da Universidade do Minho mostra que a violência nas relações amorosas nos jovens entre os 15 e os 25 anos atinge níveis preocupantes e idênticos aos verificados entre os adultos. Um dos aspectos mais alarmantes é que essa violência é cada vez mais precoce e por vezes aceite como ‘natural’ pelos próprios, incluindo o sexo forçado

Problema atinge o mesmo nível que entre os adultos

Existe “tanta violência” no namoro entre jovens dos 15 aos 25 anos como no casamento: 25% já foram vítimas de violência na relação. Mas o “fenómeno é ainda mais preocupante” nas novas gerações, que começam a agredir-se cada vez mais cedo, no ensino secundário e profissional. Pior, chegam a tolerar a violência sexual, pois, para eles, “relações sexuais forçadas não são o mesmo que violação, nem sequer são crime”. O alerta é de Carla Machado, coordenadora de um projecto nacional sobre este fenómeno.

Para esta investigadora da Universidade do Minho (UM), em Braga, a violência “não é coisa de adultos que desaparece com a mudança de geração”. A resposta encontrou-a no seu estudo sobre “violência física e psicológica em namoro heterossexual” – o mais avançado de sete de uma ampla investigação que está a coordenar com as psicólogas Marlene Matos e Carla Martins sobre “violência nas relações de intimidade” em jovens dos 15 aos 25 anos.

Em co-autoria com a psicóloga Sónia Caridade, a psicoterapeuta identificou níveis de violência física e psicológica no namoro muito próximos dos encontrados num outro estudo desenvolvido em 2003, no Norte do País, junto de 2900 adultos, mas em contexto conjugal.

A percentagem de vítimas chega a ser a mesma: dos agora 4730 jovens dos ensinos secundário, profissional e universitário, e que abandonaram a escolaridade inquiridos em todo o País, 25 % foram vítimas, pelo menos uma vez, de um comportamento abusivo da parte do companheiro ou companheira.

Dessas vítimas, 20% sofreram violência emocional (insultos, ameaças, jogo psicológico e coerção) e 14% agressão física. Dos 4730 jovens, 30% admitiram ter agredido o parceiro, sendo 23% agressão física, 18% emocional e 3% física severa. Nesta amostra, 58% são raparigas e 42% são rapazes.

Mas, o mais “alarmante” para esta psicoterapeuta da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça da UM, na área da intervenção individual e em grupo com vítimas de crimes, é haver uma maior prevalência de maus tratos físicos severos na população mais jovem – ainda no secundário. Os rapazes são os que agridem com maior gravidade (sovas, murros e pontapés). Já na pequena violência, não há diferença de género e vale tudo, desde insultos, bofetadas, empurrões, puxões de cabelos e até ameaças.

“Em geral, vítimas e agressores não percebem que a violência não é aceitável.” Muitos deles “toleram” e chegam a “desculpabilizar” a violência, sobretudo quando ela é menor.

“Só fez aquilo porque estava descontrolado, perdeu a cabeça” ou “o descontrolo é porque tem medo de a perder. Não é violência”. São frases que Carla Machado e Sónia Caridade recolheram junto dos 49 jovens dos grupos de reflexão deste projecto, que foram constituídos depois da aplicação do questionário aos primeiros 4730.

Alguns afirmaram que “violência sexual no namoro não existe. Agora, relações sexuais forçadas, já são outra coisa”. Ou até: “Se eles namoram, não acho que seja violência sexual.” Alguns não vêem mal nos apalpões, toques contra a vontade da vítima e a pressão para ter relações sexuais, que estão longe de serem violação, algo que já consideram errado. O ciúme é tido como prova de amor. De resto, os níveis de violência física e psicológica no namoro são muito parecidos com os identificados nos outros países.|

 

(Fonte: Susana Pinheiro no Diário de notícias de 7 de julho)

Para comentar…

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 11:05 pm
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Feminismo

Confesso que gosto das mulheres, mais daquelas que gostam dos homens. Muitas outras estão ressentidas com os homens, e com essas tenho frequentes mal-entendidos. Um deles tem a ver com a defesa do feminismo contraposto ao machismo.

Acham elas que, durante séculos, as mulheres foram exploradas pela classe social dos machos, pelo que agora há que inverter a situação. Por acaso, acontece que as mulheres são biologicamente mais resistentes, são mais independentes e duram mais do que os homens. Se tiverem o mesmo acesso à cultura (hoje são mesmo mais cultas) facilmente os dominarão.

A guerra dos sexos parece-me ridícula. Machos e fêmeas não têm de competir porque são diferentes. Ou antes, são complementares: cada sexo completa-se com o outro e precisa dele. Por alguma razão a natureza criou esta diferença com o preço da morte individual. Sendo assim, cada um tem o seu papel nas questões básicas da vida. Por exemplo, só as mulheres podem gerar um filho dentro de si. Este é o maior privilégio que elas têm, mas é também a fonte da sua prisão. Antes da pílula, a emancipação de uma mulher saudável deparava sempre com as inevitáveis gravidezes sucessivas.

Hoje, no Ocidente, as mulheres podem ser livres. Só são dominadas pelos homens se o consentirem. Mas também há homens que aceitam ser dominados por mulheres. Pode ser questão de amor ou qualquer outra. Acontece porém que anda por aí muito ressentimento à solta, e isso nada ajuda.

J.L. Pio Abreu (jornal Destak de 11 de julho de 2008 )

 

Deixo aqui este texto para quem quiser comentar…

 

Julho 2, 2008

Visibilidade mediática do Congresso Feminista

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 1:19 am
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É bem verdade que o Congresso Feminista teve uma grande visibilidade mediática. Normalmente estas temáticas até ficam na penumbra, sendo ofuscadas por outros acontecimentos. Desta vez, e 80 anos depois do último congresso, os feminismos ocuparam um lugar de destaque nos mais variados meios de comunicação social.

Ao contrário, o Congresso da Associação Portuguesa de Sociologia parece que foi silenciado. Realmente não cheguei a ver grandes notícias sobre o evento… E estavam a decorrer em locais tão próximos!

(Ver: Post de Manuel Pinto no blogue Jornalismo & Comunicação)

Ecos do Congresso Feminista

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 1:07 am
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