Elas nas notícias

Julho 2, 2008

Visibilidade mediática do Congresso Feminista

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 1:19 am
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É bem verdade que o Congresso Feminista teve uma grande visibilidade mediática. Normalmente estas temáticas até ficam na penumbra, sendo ofuscadas por outros acontecimentos. Desta vez, e 80 anos depois do último congresso, os feminismos ocuparam um lugar de destaque nos mais variados meios de comunicação social.

Ao contrário, o Congresso da Associação Portuguesa de Sociologia parece que foi silenciado. Realmente não cheguei a ver grandes notícias sobre o evento… E estavam a decorrer em locais tão próximos!

(Ver: Post de Manuel Pinto no blogue Jornalismo & Comunicação)

Ecos do Congresso Feminista

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 1:07 am
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Junho 30, 2008

Feminismo é lutar por todas as igualdades

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 2:12 pm
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Se existisse igualdade de direitos entre homens e mulheres não faria sentido ressuscitar 80 anos depois o congresso feminista. Falta ainda percorrer um longo caminho dizem as mulheres ouvidas pelo JN, com excepção de uma ex-ministra…

Celeste Cardona, ex-dirigente do CDS-PP, antiga ministra da Justiça e administradora da Caixa Geral de Depósitos, foi a única inquirida a garantir que, nos tempos de hoje, não faz sentido a falar de feminismo.

“Não, como nunca fez. As mulheres são diferentes dos homens, e é essa diversidade que os torna iguais (porque são ambos comptetentes e capazes) no alcance de objectivos que, sendo os mesmos, são alcançados de forma distinta”, justifica a antiga deputada.

Uma voz dissidente entre uma dúzia de escritoras, artistas, deputadas e historiadoras ouvidas pelo JN, na véspera do início do congresso feminista que durará até sábado, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

“Infelizmente é um movimento necessário porque como todos sabemos (e todos mesmo!) as mulheres estão muito longe de ter a chamada igualdade” sublinha, com firmeza, a actriz Ana Bola.

Demitida no final de Janeiro, a ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima refere que, hoje em dia, “faz novos sentidos” falar não em um, mas em vários feminismos “porque, as diferenças na situação das mulheres no Norte da Europa, na África subsariana ou nos países muçulmanos são ainda mais abissais do que há 30 anos”.

Quanto à Europa meridional, a ex-governante realça estarem as mulheres arredadas dos fora de decisão: na economia, na política e nas grandes empresas.

“Ainda ninguém demonstrou que o machismo português desapareceu, que as mulheres não são espancadas, que o salário igual é uma realidade e que têm acesso à política como os homens”, rebate Maria Teresa Horta, inquirindo se perguntam aos negros se ainda faz sentido lutar pelo anti-racismo.

“Por cada dólar que um homem ganha, a mulher recebe 70 cêntimos, elas são mais na Banca, nos hospitais e jornais, mas eles são os directores”, aponta a deputada do CDS-PP, Teresa Caeiro para quem feminismo “é continuar a denunciar as desigualdades de direitos de género”.

“As mulheres vivem num sufoco e cansaço permanentes porque têm de carregar muitos chapéus”, alega. No quadrante oposto, Cecília Honório, do BE, elege também “o sobretrabalho” como o fardo que torna a vida das portuguesas “n uma encruzilhada asfiaxiante”.

A historidora Irene Pimentel frisa que, apesar das leis, “as corticeiras ainda ganham menos que os homens” enquanto a eurodeputada do PCP, Ilda Figueiredo, afirma que no trabalho, “as mulheres são as mais exploradas e as mais prejudicadas quando os direitos laborais são atacados”.

Se Inês Pedrosa responde com: “Basta olhar para o mundo”, Elisa Ferreira, eurodeputada do PS, refere que “ainda há muitas coisas a corrigir”, mas cuja intervenção é difícil porque ocorrem “num plano subtil, dentro das paredes das casas, como os maus tratos”.

“Há 100 anos nem ler saberíamos e também havia quem disesse que o feminismo não fazia sentido”, salienta Fina d’Armada.

(Fonte: Artigo de Alexandra Marques, publicado no JN de 26.06)

Congresso Feminista: Organização pede ao Governo que trate associações de mulheres como trata as outras

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 12:11 pm
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A organizadora do Congresso Feminino 2008 apelou hoje ao Governo para que «dê a mesma voz e reconhecimento» às associações feministas «que dá às associações de juventude e Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS)»

«Este congresso apela às feministas para que mantenham o entusiasmo demonstrado durante estes três dias. Apelo ainda ao Governo para que dê a mesma voz e reconhecimento às feministas que dá às associações de juventude, IPSS, etc», declarou Salomé Coelho no encerramento do evento, que arrancou quinta-feira.

No dia em que se completaram 80 anos sobre a realização do II Congresso Feminista Português, o encerramento desta 3ª edição foi realizado na Faculdade de Belas Artes, em Lisboa, com a presença de vários convidados, entre eles, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão.

Jorge Lacão, que falou na sessão de encerramento, declarou que Portugal tem «ainda que andar muito para consagrar na prática o que já está consagrado na lei» no que respeita à igualdade de género, mostrando a convicção que existe «ainda muita gente com medo da igualdade das mulheres».

O secretário de Estado afirmou ainda que o Governo tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas que visam para promover a igualdade de género.

O alargamento da licença de paternidade, incentivos fiscais e monetários ao empreendedorismo feminino e a garantia de que a violência doméstica continua a ser considerada juridicamente como crime público, alargando ainda este tipo de qualificação para a violência psicológica entre os vários tipos de relações sentimentais, foram algumas das medidas referidas por Jorge Lacão.

Durante a cerimónia de encerramento foi ainda anunciado o início de uma petição on-line que será colocada no site da União Alternativa e Resposta (UMAR) contra uma medida do Ministério da Educação de Cabo Verde que estará a proibir as alunas do ensino secundária que engravidem de frequentar as aulas.

O Congresso terminou com a organizadora Salomé Coelho a manifestar «satisfação» e com a garantia de que «a luta é para continuar», com a realização de congressos «em breve».

«Estamos mais próximos e para ano estaremos ainda mais próximos», sublinhou.

Lusa / SOL

Maio 28, 2008

Congresso Feminista contra a violência de género

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 8:40 am
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A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) vai promover um Congresso Feminista, nos dias 26, 27 e 28 de Junho, na Fundação Calouste Gulbenkian e na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, foi hoje anunciado.

O Congresso Feminista, que assenta numa vasta Comissão Promotora de mais de 400 nomes, de homens e mulheres, abordará temáticas como a prostituição, o tráfico de mulheres, a violência de género e as relações de intimidade, a pobreza e exclusão social feminina.

“Não só as mulheres, mas também o sistema judicial deve dizer basta”, declarou Elisabete Brasil, presidente da UMAR, em conferência de imprensa, em Lisboa.

“O sistema judicial deve ser mais franco na defesa das vítimas do que ‘empoderador’ dos agressores”, reforçou.

Tendo como principais áreas de intervenção a violência contra as mulheres, a educação e intervenção comunitárias e a ligação a redes feministas internacionais como a Marcha Mundial de Mulheres, a UMAR pretende contribuir para “o aprofundamento e reflexão sobre as agências feministas dos tempos actuais, numa visão plural dos feminismos”.

No âmbito do programa do Congresso Feminista, está previsto um ciclo de cinema e vídeo entre os dias 13 e 16 de Junho, no Cinema São Jorge, assim como concertos de música, teatro e exposições de fotografia e gravura.

A UMAR é uma associação feminista não governamental fundada em 1976, que conta com “mais de mil associados”, nascida da participação activa das mulheres e da necessidade sentida, por muitas delas, de criarem uma associação que lutasse pelos seus direitos.

(Lusa, 27/05/2008)

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