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Junho 17, 2008

Inquérito Nacional sobre Violência de Género

Filed under: Projectos — carlacerqueira @ 11:57 am
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Amanhã, dia 18 de Junho, pelas 15:30 horas, no Auditório B da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Campus de Campolide) será realizada a apresentação pública do Inquérito Nacional sobre Violência de Género, coordenado pelo Prof. Doutor Manuel Lisboa, da UNL/FCSH. 

Ainda bem que surgem estas notícias…

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 11:51 am
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Ao fazer a visita diária por alguns blogs encontrei aqui esta notícia:

As mulheres têm cada vez mais presença em cargos políticos nos Estados Unidos e vão acumulando estreias e recordes: na última eleição em Janeiro de 2007, foram eleitas 71 mulheres para o Congresso, o maior número de sempre.

No Senado há ainda 16 mulheres – a maioria está do lado democrata, quer no Congresso quer no Senado, e a speaker [presidente] da primeira daquelas câmaras é a democrata Nancy Pelosi. A título de curiosidade, a primeira mulher eleita para o Congresso foi a republicana (e pacifista) Jeanette Rankin em 1917 – antes ainda de as mulheres verem garantido o direito ao voto nos EUA.

Enquanto a proporção do Congresso e Senado é semelhante (cerca de 16 por cento), nos organismos legislativos dos estados a proporção aumenta: segundo o site Center for American Women and Politics, 23,7 por cento dos deputados estaduais são mulheres (1748 em 7382 lugares). Desde 1971, nota o CAWP, este número aumentou mais de cinco vezes.

Há actualmente oito governadoras na América. Desde os anos 1920 que há governadoras nos EUA, mas eram sempre mulheres ou viúvas dos governadores – apenas em 1975 tomou posse uma mulher eleita sem relação com um governador.

Finalmente, só nos anos 1980 é que uma mulher entrou num ticket eleitoral de um dos grandes partidos: Geraldine Ferraro foi candidata a vice-presidente do democrata Walter Mondale quando era certa a reeleição do republicano Ronald Reagan, em 1984. Os mais cínicos comentam que Ferraro foi escolhida porque a derrota dos democratas era certa e o partido hesitou entre escolher para vice “a mulher ou o negro”.

Jill Filipovic, do blogue Feminste, nota ainda que nesta corrida presidencial há uma mulher negra, Cynthia McKinney (concorre pelos Verdes, pelo qual também já concorreu Ralph Nader): “Isso é também extraordinário, mesmo que ela não vá ganhar”, diz a nova-iorquina Filipovic, por e-mail.

Pesando tudo isto, conclui Filipovic, “as mulheres ainda enfrentam barreiras incríveis na política”. “Hillary abriu muitas portas, mas a próxima mulher que concorrer ainda irá ter de quebrar as suas próprias barreiras.”

Fonte: Jornal “PUBLICO” [versão impressa online, 15.05.2008]

 

Nem dá para acreditar!

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 11:44 am
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«Meus amigos, vão por mim. Um homem nunca se deve entregar a uma mulher, o contrário é que é natural e, como também sabem, mesmo assim nem sempre resulta. O PSD escolheu uma mulher para nos governar e vai querer que votemos nela. Uma mulher a mandar nos homens e nos homens todos. Que perspectiva horrorosa, socorro, preferia o Eng.º Obama! As mulheres são muito ingratas, querem é o nosso voto e depois não nos ligam nenhuma. E falo com conhecimento de causa…».

«Mas é preciso muito cuidado com as mulheres, sobretudo na política. Nem todas têm o talento da rainha Vitória, ou de Isabel I de Inglaterra, ou de D. Luísa de Gusmão, ou de Catarina da Rússia, ou de Isabel a Católica, ou de Eva Perón, ou da Rainha Santa Isabel ou da rainha bretã Boudicca.»

«Não, não. Não era nenhum concurso de beleza. Houve quem dissesse que era, que se tratava de uma senhora toda elegante a concorrer contra três homens todos bem postos. E é claro que os homens são sempre mais feios, a senhora tinha de ganhar.»

«Por não distinguir com facilidade estas fases nocturnas e diurnas dos seus heróis subconscientes, é que boa parte do Povo aplaude qualquer um que se arvore em «reedição parcial de Salazar», seja ele Cavaco Silva, João Salgueiro, Miguel Beleza, Miguel Cadilhe, Durão Barroso, Bagão Félix, Belmiro de Azevedo, José Sócrates ou agora a Dra. Manuela Ferreira Leite, que na miopia desses tais lhes parece uma espécie de «Salazar disfarçado de dona de casa», com bolsa e tudo.»

(Artigo de opinião de Eduardo Tomás Alves, edição do dia 11 de Junho do jornal Diário do Minho)

Fiquei chocada com este texto de opinião. Tod@s temos direito à liberdade de expressão, a qual está consagrada na legislação portuguesa, mas não me parece que tenhamos o direito a agredir as mulheres que estão na esfera política. Aliás, parece-me que não será apenas nessa esfera, mas que o autor se coloca contra as mulheres no domínio público. Uma visão conservadora e retrógrada, assente numa ideologia do patriarcado que relega as mulheres para a esfera privada….SOMOS MUITO MAIS DO QUE DONAS DE CASA (como ele chegou a Dra. Manuela Ferreira Leite), SOMOS MULHERES; MÃES, ESPOSAS E PROFISSIONAIS…Infelizmente, cabe-nos a gestão da vida familiar e da vida privada, mas conseguimos fazê-la com sucesso.

Como em tudo na vida, gostava que as pessoas fossem escolhidas pelas suas competências e não por serem homens ou mulheres, pretos ou brancos, ricos ou pobres, idosos ou jovens… Parece que continuamos a viver em função de dicotomias antagónicas, impedindo uns de alcançar o poder…quando eles têm as mesmas ou mais competências que os outros…

 

 

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