Elas nas notícias

Maio 16, 2008

Aluna violada no Enterro da Gata em Braga

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 9:31 pm
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A notícia pode ser encontrada em muitos locais (1,2,3,4…).

Espero apenas que se esclareça a situação…Não posso deixar de referir a forma como os meios de comunicação social têm tratado o caso…a exploração de uma situação até à exaustão…em muitos casos de forma sensacionalista e extremamente prejudicial para os intervenientes…

Refiro ainda que a violação é um acto completamente desprezível e lamento que, em muitas situações, as pessoas finjam que não viram, não sabem…ou que digam simplesmente que não querem saber porque não é nada com elas…

 

 

Maio 13, 2008

Mulheres imigrantes na imprensa portuguesa

Filed under: Livros — carlacerqueira @ 2:33 pm
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O estudo “Imagens de Mulheres Imigrantes na Imprensa Portuguesa – Análise do Ano 2003” de Clara Almeida Santos foi publicado pelo Observatório da Imigração e pode ser consultado aqui.

Imigrante e mulher. São estes os dois conceitos que inspiram a realização deste trabalho. Foi a procura do cruzamento entre os dois termos na imprensa que deu origem à primeira pergunta que norteou a investigação: será que o teor e forma das notícias, os temas tratados e o discurso adoptado pelos media portugueses reflectem a realidade da imigração feminina em Portugal? Na expectativa de enquadrar uma resposta a esta questão, outras surgiram como complementares: Quais as diferenças de abordagem verificadas entre as notícias sobre mulheres imigrantes e sobre homens imigrantes? A existirem, estarão essas diferenças relacionadas com as especificidades dos media que as veiculam? Qual o papel desempenhado pelo media na definição e difusão destas imagens? Será que estas questões são levadas ao espaço público e, em caso afirmativo, com que nível de profundidade? Existirá uma imprensa especializada na questão da imigração, como existem especializações noutras áreas que conquistaram um lugar permanente nas páginas dos jornais? BI, Nº 59, Abril de 2008

(Fonte: http://www.redejovensigualdade.org.pt/blog/)

“O Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir em nova edição

Filed under: Livros — carlacerqueira @ 2:28 pm
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A Quetzal reeditou o primeiro volume de “O Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir. O segundo volume ainda vai ser publicado este ano.

Um dos mais importantes ensaios feministas de sempre, O Segundo Sexo parte do princípio fundamental de que existe na sociedade um desequilíbrio estrutural e de poder entre os sexos. O masculino é tratado como referencial, neutro; o feminino é o “outro”, definido sempre em relação ao primeiro. A partir desta premissa, Simone de Beauvoir desenvolve os seus argumentos recorrendo à biologia, à filosofia, à literatura e à cultura. Destaca-se a limpidez do seu discurso, que se pretende que seja acessível a todos os leitores, e a actualidade do tema. A Quetzal edita agora o 1º dos dois volumes de uma obra fundamental há muito esgotada. O 2º volume será publicado ainda este ano. (Webboom)

“Nuevas y Viejas Cuestiones de las Investigaciones de las Mujeres y del Género”

Filed under: Debates — carlacerqueira @ 10:54 am
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Começa amanhã, dia 14 de Maio, o congresso internacional “Nuevas y Viejas Cuestiones de las Investigaciones de las Mujeres y del Género”, que decorrerá até ao dia 16 na Universidade de Santiago de Compostela.

Organizado pelo Centro Interdisciplinario de Investigacións Feministas e de Estudos do Xénero (CIFEX) e pelo Grupo de Investigación Sociología del Género de la Federación Española de Sociología (FES), este congresso visa reflectir sobre os estudos de género, levantando as novas questões que vêm surgindo e realçando os aspectos que já marcam a agenda feminista há muitos anos, mas que ainda não têm surtido mudanças significativas.

Durantes os três dias serão abordadas várias temáticas, as quais estão inseridas em três grupos de trabalho:

a) Ciencia y Women’s Studies

b) Conocimiento Científico y Violencia contra las Mujeres

c) Ciudadanía, Organización social, Trabajo y Poder

Mais informações disponíveis no site do congresso.

Maio 6, 2008

A triste realidade…

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 5:05 pm
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Violência doméstica matou 17 mulheres em três meses

UMAR incentiva uso de braçadeira negra ‘contra’ os casos de violência

No primeiro trimestre deste ano, morreram 17 mulheres em Portugal vítimas de violência doméstica ou conjugal. O número foi divulgado ontem, no Porto, pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), durante a cerimónia de apresentação da campanha “Nem mais uma mulher assassinada”.

Segundo os dados da UMAR – relativos não só a casos de violência doméstica mas também a crimes de índole passional -, além das 17 mortes, deram-se ainda mais onze “tentativas de homicídio” ao longo dos três primeiros meses de 2008. Em declarações ao DN, Maria José Magalhães, da direcção da UMAR, lamentou os números negros da violência, explicando que, em relação aos anos anteriores, se deu um aumento dos casos de que a UMAR teve conhecimento. A dirigente revelou ainda que a situação é mais grave nas zonas norte e centro do País e incide particularmente sobre as faixas etárias dos 55/65 e, depois, dos 20/30 anos.

Foi com os objectivos de “mudar mentalidades” e “lançar o alerta” sobre a situação que a UMAR apresentou ontem a campanha “Nem mais uma”. A iniciativa, promovida pela Marcha Mundial das Mulheres, convida os portugueses a comprarem, no site da UMAR (www.umarfeminismos.org), uma braçadeira negra, que deve ser usada sempre que se tomar conhecimento de um caso de violência sobre uma mulher. “É um sinal de luto e revolta”, esclarece a dirigente.

A conferência de imprensa serviu para apresentar o ciclo de cinema “UMAR-te assim perdidamente”, que também é da responsabilidade da associação de defesa dos direitos das mulheres e decorre de 12 a 18 de Maio, no Porto. A iniciativa inclui filmes como Frida Kahlo (de Julie Taymor) e Transe (de Teresa Villaverde) e, de acordo com Maria José Magalhães, pretende “reflectir sobre a importância de a mulher se assumir como cidadã de corpo inteiro”. Após o visionamento das ‘fitas’, segue-se sempre um debate.

(Rui Marques Simões, DN)

Ciclo de cinema

Filed under: Debates — carlacerqueira @ 4:54 pm
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Maio 2, 2008

Mulheres nos sinais de trânsito

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 11:22 am
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Em conversa com uma amiga soube que a SIC noticiou ontem que em Viena os sinais de trânsito também vão integrar figuras de mulheres. Pretende-se a igualdade entre homens e mulheres, daí a alteração. Parece que o movimento feminista da Aústria já conseguiu mais alguns avanços…

Vaticano contrata primeira jornalista mulher

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 11:13 am
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Silvia Guidi, de 36 anos, é a primeira jornalista mulher contratada pelo “L’Osservatore Romano”. A partir de hoje, dia 2 de Maio, uma mulher faz parte da redacção deste jornal de índole católica que foi criado em 1861.

A jornalista pertence à associação Memores Domini e foi eleita por Giovanni Maria Vian, director do jornal do Vaticano. Antes da contratação, Silvia Guidi exercia funções de sub-directora na área de internacional no jornal italiano “Libero”. A jornalista já havia, contudo, colaborado com vários artigos no “L’Osservatore Romano”.

O Papa Bento XVI terá contribuído para a contratação da jornalista, visto ter pedido mais espaço para as assinaturas femininas no “L’Osservatore Romano”, adiantou o diário italiano “Corriere della Sera”.

Desconstruindo o corpo como objecto de consumo

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 10:48 am
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Duas notícias deram o mote para a reflexão desta semana. O ComUM noticiou na última edição o aumento da afluência de praticantes aos ginásios da universidade. Aproxima-se o verão e as pessoas querem melhorar o seu aspecto físico. Também tem sido muito mediatizado durante a última semana o lançamento do livro da cantora portuguesa Mónica Sintra. Na obra ‘A um passo do abismo’ a artista conta na primeira pessoa a luta travada contra a anorexia e bulimia…Nesta era de culto do self este tipo de doenças são uma realidade cada vez mais marcante, onde as vítimas continuam a ser sobretudo as adolescentes.

É indiscutível que vivemos numa sociedade de consumo, num tempo de culto da imagem e das aparências, onde o corpo parece que se transformou no mais apreciado dos objectos. Nele está toda a beleza, a qual parece acessível a quem a quiser, transformando o original e criando outro ser, mais perfeito e funcional.

Na sociedade actual, o corpo mostra a sua omnipresença, pois está visível na publicidade, na moda e na cultura de massas. Como bem diz Jean Baudrillard no seu livro ‘A Sociedade de Consumo’, o corpo aparece como um “objecto de salvação” que vai substituindo a função moral e ideológica da alma.

Sujeito às mais variadas metamorfoses, de acordo com os desejos de cada indivíduo, sofre uma pressão contínua. Aumenta a ingestão de produtos dietéticos, a ida ao ginásio, as cirurgias estéticas ou marcas corporais. Procura-se incansavelmente alcançar a perfeição estética, a qual está associada à magreza, à linha e a uma dieta rigorosa. O corpo encontra-se na esfera pública, sujeito ao olhar do mundo. Basta assistir à proliferação de programas televisivos que visam a felicidade no mundo pós-moderno, ou seja, alcançar o corpo perfeito.

Como diz Giddens, vivemos num mundo repleto de opções plurais, mas ambíguas. Escolher entre ser magra ou gorda é escolher entre a integração ou a desintegração social. Isto significa que a beleza esconde-se sob a capa da perfeição, mas arrasta consigo uma repressão severa e constante. Todos ouvimos falar de vários casos de jovens que morreram no processo de criação de um corpo mais magro, conforme com as regras desta sociedade. Todas procuravam cumprir as devoções corporais, mas foram vítimas do culto…deste corpo que rompe com todas as insuficiências humanas.

O corpo torna-se um objecto ameaçador e, por isso é preciso vigiá-lo, reduzi-lo, mortificá-lo e imolá-lo para fins estéticos. Existem mesmo os movimentos ‘pró-ana’, ou seja, a favor da anorexia, os quais utilizam a Internet para chegarem a um número cada vez maior de crentes. Mostra-se apenas o lado positivo do culto, deixando na penumbra as consequências mais terríveis.

E a realidade é que o corpo feminino é o mais erotizado. A mulher emancipou-se e o corpo libertou-se e neste processo ela foi cada vez mais confundida com o seu próprio corpo. Basta olharmos para os anúncios publicitários para vermos que, em muitos casos, os corpos femininos totalmente nus apelam ao consumo de determinado produto. O corpo não está ali para ser vendido no sentido literal, mas para vender, de forma dissimulada, talvez um carro ou uma jóia. Basta lembrarmos o mediático programa de entretenimento da SIC Radical, ‘Nutícias’, em que a apresentadora se despia à medida que nos revelava a actualidade. A mulher, que por tradição cultural está na esfera privada, consegue aceder à esfera pública através do seu corpo, passando de sujeito a objecto de consumo.

Os meios de comunicação vendem-nos a imagem de uma mulher-objecto (temos tantos exemplos…basta ligarmos a Internet ou vermos um pouco de televisão). “Um modelo de mulher assente em tais imagens sugere que o feminino é uma superfície estética e visual, pronta a ser desfrutada visual, mas também eroticamente”, como refere Silvana Mota-Ribeiro. Não podemos olhar para estas imagens acriticamente. O nosso corpo não pode ser apresentado maioritariamente como uma mercadoria…porque não nos podemos esquecer das implicações desta construção social.

 

(Crónica de Carla Cerqueira publicada na versão impressa do jornal ComUM)

 

A propósito, ver O que nos resta? no blogue de Luisa Teresa Ribeiro

A competência é que importa

Filed under: Reflexões — carlacerqueira @ 10:37 am
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