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Maio 28, 2008

Mulheres usam Internet para drogar e roubar

Filed under: Notícias — carlacerqueira @ 8:28 am
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A PSP está a investigar casos de furtos, cuja origem está em relações amorosas iniciadas na Internet, através de “chats” de conversação usados como armadilhas para apanhar os mais incautos, soube o JN junto de fontes policiais.

As situações ocorreram na Margem Sul do rio Tejo, este mês, mas as autoridades admitem que mais situações possam estar a ocorrer em outros pontos do país e que haja mais vítimas, que só não apresentam queixa por vergonha.

O primeiro caso ocorreu no passado dia 3, quando um indivíduo morador na zona da Reboleira concretizou um encontro com uma mulher que tinha conhecido através de um “chat” de conversação.

Encontraram-se num café em Paio Pires, no concelho do Seixal. Após tomarem uma bebida, o indivíduo começou a sentir-se mal e foi a própria acompanhante que o levou ao Hospital Garcia de Horta, em Almada, onde a vítima deu entrada ao fim da tarde.

Já então a mulher tinha na sua posse a carteira, com documentos e dinheiro, do “namorado”, o que lhe permitiu levar-lhe o carro, um monovolume, que entretanto nunca mais apareceu. A vítima só deixou o hospital no dia seguinte e logo de seguida apresentou queixa na PSP de Almada.

As autoridades suspeitam que a mulher tenha deitado qualquer produto soporífero num alimento, uma possibilidade comum a um outro caso verificado sete dias depois no Barreiro.

A vítima marcou encontro junto ao Hospital do Barreiro, também através de um “chat” de conversação, mas o encontro acabou por ocorrer junto a um hipermercado na zona. A vítima entrou num estado de entorpecimento ainda no carro, já com a mulher dentro da viatura, através de uma droga que terá ingerido mercê do consumo de um alimento, oferecido pela “namorada”. Entretanto, foram feitos vários levantamentos de multibanco da conta do incauto.

A vítima foi transportada para o Hospital do Barreiro, de onde saiu apenas no dia seguinte, a caminho da sua casa, na Venda Nova, onde veio a apresentar queixa na PSP.

Há suspeitas de que se possa tratar da mesma mulher a realizar ambas as operações e que haja, também, a conivência de outros indivíduos.

Ambos os casos estão sob investigação policial, mas de comum sabe-se que a mulher é de nacionalidade portuguesa.

(Carlos Varela, Jornal de Notícias, 26/05/2008) 

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